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59% dos educandos frequentam atividades extracurriculares

A cada regresso às aulas os encarregados de educação procuram ocupar os tempos livres dos educandos, depois das aulas. Este ano, 59% indicam que o farão através da inscrição das crianças e jovens a seu cargo em atividades extracurriculares. A procura pelo desporto é a mais significativa (77%) e registou um aumento de 17% face ao ano passado, seguindo-se a música (25%) e a dança (19%). De notar que, este ano, subiram as intenções para a inscrição em atividades de artes plásticas (de 1% em 2022 para 7% em 2023), associadas à natureza (duplicaram de 3% para 6%) e relacionadas com solidariedade (que de 1% em 2022 passaram para 5%). Estes dados fazem parte do Observador Regresso às Aulas 2023, um estudo conduzido pelo Cetelem - marca comercial do grupo BNP Paribas Personal Finance.

Os resultados revelam, ainda, quais os gastos que as famílias esperam ter este ano com as atividades extracurriculares. O investimento médio situa-se nos 71€, sendo que ficam acima deste valor o 2º ciclo (85€), o 3º ciclo (80€), o secundário (79€) e o ensino superior (75€). Ainda no que diz respeito a despesas com as atividades, estas rondam os 91€ no ensino privado, numa realidade bem diferente da do ensino público, que se situa nos 69€.

 

Gastos com explicações incluídas no orçamento escolar

No orçamento escolar, 26% dos encarregados de educação planeiam incluir ainda despesas com explicações, sobretudo para que os educandos se possam preparar para testes e exames nacionais (58%), mas também para minimizar as dificuldades sentidas na escola (42%). Já 21% pretendem inscrever os alunos em cursos de línguas, por considerarem úteis para o futuro e carreira profissional (64%) e por interesse ou curiosidade pessoal (25%).

19% dos encarregados de educação admitem inscrever os educandos em ATLs e Centros de Estudo, por diferentes motivos: os educandos não têm para onde ir após a escola (47%), para apoio para a realização dos trabalhos de casa (44%) ou para aperfeiçoar as competências técnicas (34%). No que diz respeito aos cursos de informática, os encarregados de educação consideram que estes são úteis para o futuro (71%), para aperfeiçoar competências técnicas (59%) e para preparação para testes e exames (46%), mas também por interesse ou curiosidade pessoal (29%).

 

Educandos despendem 2h10 com dispositivos tecnológicos

Sobre o tempo dedicado ao estudo e brincadeira, 67% dos encarregados de educação afirmam que há um equilíbrio, porém 30% têm opinião contrária.

No que concerne aos tempos livres, verifica-se que os educandos despendem, em média, 2h10 diárias nos dispositivos tecnológicos. 31% despendem entre 1 a 2h, 24% entre 2 a 4h e 19% mais de 4h. Estes valores têm uma tendência crescente, a acompanhar o grau de escolaridade, superando as 2h a partir do 2º ciclo e atingindo cerca de 3h no Ensino Superior.

Neste âmbito, recorde-se, que a maioria dos encarregados de educação (91%) defende que gostaria que o uso de dispositivos tecnológicos fosse limitado nas escolas, entre os quais 39% afirmam que a limitação deveria ser aplicada a todos os graus de escolaridade, opinião mais vincada no Pré-escolar (50%) e 1º ciclo (49%).

 

Ademar Dias

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