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98% dos portugueses vão aproveitar para fazer atividades culturais e de lazer

O ano de 2021 arrancou com um segundo confinamento em Portugal. Dois meses depois, as restrições começaram a ser levantadas e, neste momento, já há condições para que os portugueses retomem parte das suas antigas rotinas e voltem a aproveitar da melhor forma os momentos de lazer.

O Observador Cetelem inquiriu os portugueses sobre quais as atividades culturais e de lazer que tencionam fazer agora nesta fase de reabertura. A ida a restaurantes/bares foi a opção mais destacada com 91% (mais 14 pontos percentuais face às intenções em setembro de 2020), seguindo-se as atividades ao ar livre com 78% (67% em setembro) e a ida ao cinema e a museus/locais históricos, ambas com 59% (45% e 35%, respetivamente, no ano anterior). Face a setembro de 2020, é possível verificar que em todas as opções disponíveis o valor é agora mais elevado, um indicador que poderá ser revelador da vontade que os portugueses sentem agora de recuperar os momentos de lazer perdidos.

São, portanto, 98% aqueles que tencionam fazer alguma atividade de lazer, mais 10 pontos percentuais face ao ano anterior. Questionados sobre os custos associados a essas atividades, os portugueses revelam que pretendem gastar, em média, 133€ (valor semelhante ao indicado em setembro). Os homens (141,50€) pretendem gastar mais que as mulheres (125€) e, a nível regional, os inquiridos da região norte são os que mais pretendem gastar (140€) e os de Lisboa (121€) e da região sul (118€) os que despenderão menos.

Relativamente àqueles que não tencionam fazer qualquer atividade de lazer, as justificações prendem-se, sobretudo, com a falta de interesse (56%) e de meios financeiros (36%). Em setembro de 2020, dos que não iriam fazer qualquer atividade de lazer, 76% justificavam-se com questões de segurança inerentes ao contexto pandémico, agora apenas 28% apresentam essa justificação.

O Observador Cetelem procurou ainda compreender como os portugueses se sentem e conclui que a maioria (56%) afirma sentir-se segura para retomar a sua vida fora de casa: 49% sentem-se moderadamente seguros, mas somente 7% bastante seguros. Os sentimentos mais associados a este regresso com alguns traços de normalidade são: esperança (58%), confiança (54%), coragem (38%) e alegria (36%), mas também algum medo (30%).

À semelhança de junho de 2020, neste segundo confinamento, ir ao teatro, cinema e concertos (17%) e praticar exercício físico em ginásios (17%) encontram-se também na lista do que mais falta fez aos portugueses.

 

Ademar Dias

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