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ACRAL quer resposta imediata do Governo à situação económica do Algarve

Em comunicado, e após a realização de um inquérito, a Associação do Comércio e Serviços da Região do Algarve exige que o Governo dê uma resposta imediata à situação económica do Algarve.

Aqui fica, na íntegra, o comunicado da ACRAL:

 

«COVID 19 | Situação económica do Algarve exige uma resposta imediata por parte do Governo.

 

A Associação do Comércio e Serviços da Região do Algarve, decidiu realizar um inquérito aos seus associados, cuja temática incidiu no «Impacto da Pandemia na Economia Regional». Este inquérito, teve como principal objetivo identificar os efeitos que a pandemia provocou na economia do Algarve. É de frisar que, estas iniciativas são fulcrais para compreender de que modo se pode auxiliar a retoma económica da região.

De acordo com os dados do inquérito, constatou-se que das respostas obtidas, 51,4% correspondiam a empresas cuja atividade principal é o comércio, 40% dizem respeito aos serviços e 8,6% à Hotelaria e Restauração.

Os efeitos resultantes desta pandemia, fizeram com que mais de 91% dos empresários fossem prejudicados nas suas atividades nos últimos 8 meses. Registou-se igualmente uma descida elevada nas receitas das empresas, na ordem dos 65%, essencialmente devido à diminuição de vendas e consequente quebra da procura.

O panorama económico vê-se totalmente modificado em virtude da pandemia, sendo uma das maiores consequências, o aumento da taxa de desemprego. Verificou-se que 60% dos inquiridos admitem ter de recorrer à demissão de colaboradores.

Os empresários pretendem que seja efetivada uma redução da carga fiscal, bem como criação de apoios reais à tesouraria das empresas, como medidas de combate a esta crise, para que se consigam minimizar os efeitos negativos provenientes da pandemia.

Foram muitas as empresas que recorreram a apoios provindos do Estado. Ainda que, se tenha registado uma adesão significativamente alta, cerca 80% dos inquiridos, considera que os apoios foram insuficientes e ficaram muito aquém das necessidades.

Após análise, constatou-se ainda, que 70% dos empresários, equacionam o encerramento parcial ou total da atividade, uma vez que não acreditam em qualquer tipo de recuperação nos próximos 12 a 18 meses. Nesse sentido, prevê-se que a retoma económica não se concretize antes de 2022.

Assim, pode concluir-se que a Região do Algarve atravessa uma das maiores crises de sempre, em virtude da enorme dependência do setor do turismo.

É crucial que, sejam colocadas em prática medidas que ajudem a reduzir a recessão económica, uma vez que, medidas a avulso não dão resposta às adversidades sentidas pelos empresários.

Os nossos governantes não podem continuar a ignorar a situação de agonia que se vive no Algarve, como foi amplamente reconhecido não só pelo Primeiro Ministro, como pelo Ministro da Economia e até pelo Presidente da República, o Algarve vive uma situação mais grave que qualquer outra região do nosso país.

Precisamos de medidas efetivas, concretas e imediatas para salvar o que resta das empresas e dos empregos no Algarve.

Os algarvios exigem ao Governo respeito para com a situação que estamos a viver.»

 

Ademar Dias

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