ANJE é parceira do movimento para a recuperação económica do Algarve
O núcleo do Algarve da Associação Nacional dos Jovens Empresários- ANJE juntou-se a outras cinco associações, no sentido de mobilizar os empresários para a defesa da Economia, das Empresas, e do Emprego no Algarve, uma vez que a região está a ser uma das mais afetadas pela crise.
As seis Associações Empresariais do Algarve subscritoras deste manifesto, apelam ao Governo para que este intensifique a sua ação política, no sentido de alterar rapidamente as decisões dos países que impuseram quarentena aos turistas provenientes de Portugal e em particular do Algarve.
Assim, a ACRAL, AHETA, AHISA, CEAL, NERA e ANJE - vão solicitar audiências para apresentar ao Executivo e ao Presidente da República, as linhas de trabalho e um pacote de propostas com medidas concretas que visam o combate à crise.
Aqui fica, na íntegra, o comunicado conjunto das associações:
«AS ASSOCIAÇÕES EMPRESARIAIS DO ALGARVE JUNTAM FORÇAS
PARA ENFRENTAR A GRAVE SITUAÇÃO ECONÓMICA DA REGIÃO
ACRAL, AHETA, AHISA, CEAL, NERA E ANJE-Algarve
apelam à mobilização de todos os empresários na defesa da Economia, das Empresas, e do Emprego
São necessárias medidas urgentes para responder à crise!
A crise que a partir de Março se abateu sobre Portugal em consequência do “Covid 19”, provocou a paralisação de milhares de empresas em todo o País e gerou a incerteza total na evolução da economia, das empresas e do emprego. Porém,
O ALGARVE É A REGIÃO MAIS AFETADA
A consequência imediata na região foi a paralisia da actividade do principal sector económico, – o Turismo – com o quase total encerramento das unidades de alojamento, em consequência da paragem brusca das viagens turísticas.
A quebra abrupta do fluxo de turistas para além dos efeitos no alojamento, teve consequências em todos os sectores da actividade económica da Região que respondem às necessidades da procura dos turistas: desde logo na restauração, mas também no comércio, actividades culturais e de lazer, serviços, transportes, equipamentos, etc. O universo empresarial do Algarve regista 70 mil empresas em todos os sectores de actividade, das quais 20 mil são sociedades (INE).
Esta situação gerou quebras de actividade das empresas dos diferentes sectores da ordem dos 70, 80, 90%! Gerou desemprego e travou a contratação de trabalhadores para o verão. Congelou o investimento.
Entretanto a situação voltou a AGRAVAR-SE, de forma dramática, em consequência da obrigatoriedade de quarentena imposta pelo Reino Unido, relativamente aos turistas provenientes de Portugal, sendo que a mesma situação está a ser ampliada a outros Países.
Trata-se de um golpe profundo, nas expectativas dos empresários e da economia da região, cuja consequência pode originar milhares de insolvências.
A quebra destes mercados turísticos, em especial o Britânico, defrauda não só as expectativas de atenuação dos prejuízos das empresas, acumulados desde Março, como a esperança de enfrentar a época baixa em melhores condições.
As Associações Empresariais do Algarve subscritoras, apelam ao Governo para que intensifique a sua acção política, no sentido de alterar rapidamente as decisões daqueles países, de impor quarentena aos turistas provenientes de Portugal e em particular do Algarve.
O Plano Especial de Recuperação do Algarve, anunciado pelo Sr. Ministro da Economia, constitui uma boa notícia, contudo é urgente. As associações empresariais esperam que o mesmo contenha as soluções adequadas à situação.
O ALGARVE pelas características da sua economia e da especificidade e da sua estrutura (peso significativo do turismo, existência de outros sectores indispensáveis, estrutura empresarial dominante de PME’S, tipologia de emprego, alta sazonalidade), necessita de uma estrutura económica equilibrada e consistente.
O ALGARVE necessita de uma visão estratégica que, tendo o turismo como principal actividade, aponte linhas de diversificação económica, no aproveitamento de recursos endógenos, numa perspectiva de uma economia moderna e competitiva, assente num desenvolvimento sustentável, tendo também em conta, o novo quadro de recuperação económica proposto recentemente pela União Europeia.
ACRAL, AHETA, AHISA, CEAL, NERA e ANJE - vão solicitar audiências para apresentar ao Governo, em particular ao Ministro da Economia e ao Presidente da República, estas linhas de trabalho e um pacote de propostas com medidas concretas.
ACRAL, AHETA, AHISA, CEAL, NERA e ANJE - vão dinamizar o debate entre os empresários do Algarve sobre estas linhas de trabalho, com objectivo de as enriquecer e transformá-las em AÇÃO.
ACRAL, AHETA, AHISA, CEAL, NERA e ANJE – propõem-se cooperar com outras entidades da região convergentes nos mesmos objectivos – nomeadamente instituições e órgãos públicos regionais, Municípios e Universidade.
Faro, 08 de Julho de 2020
ACRAL – Associação do comércio e Serviços da Região do Algarve
AHETA – Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve
AHISA – Associação dos Industriais Hoteleiros e Similares do Algarve
CEAL - Confederação dos Empresários do Algarve
NERA – Associação Empresarial da Região do Algarve
ANJE – Associação Nacional de Jovens Empresários»
Ademar Dias