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COVID-19: Tavira discorda das contas da DGS

Tavira tem um acumulado de 54 novos casos e, com 220 casos por 100.000 habitantes, estaria abaixo do valor limite, mas DGS atribui, no período em questão, 60 novos casos a Tavira.

Situação foi apresentada em nota pública esta noite publicada pelo Município de Tavira.

 

Este é o comunicado, na íntegra:

 

«NOTA PÚBLICA – Tavira na lista de concelhos com risco elevado 12.11.20

Na sequência da reunião do Conselho de Ministros de hoje, 12 de novembro, e na intervenção do Primeiro-Ministro, António Costa, que a esta se seguiu, foi comunicado que Tavira iria integrar a lista dos concelhos com risco elevado (191).

Foi com surpresa e indignação que a autarquia recebeu esta informação, uma vez que veio contrariar os números que nos têm sido comunicados pelas autoridades de saúde local e regional (que são coincidentes) e que apontam que, no período considerado pelo Governo (entre 28/10 e 10/11), o concelho de Tavira tem um acumulado de 54 novos casos e, consequentemente, com 220 casos por 100.000 habitantes. Estaria, assim, abaixo do valor para ser considerado na lista atrás referida.

Contudo, e não sabemos com base em que dados, pois não estão em concordância com os das autoridades de saúde local e regional, a DGS atribui, no período em questão, 60 novos casos a Tavira.

Nunca foi, nem será, intenção do município esconder ou alterar os dados que nos são fornecidos pelas entidades que referimos, e nas quais depositamos toda a confiança.

Por considerarmos uma injustiça e sentirmos que temos o direito de ser esclarecidos, para podermos esclarecer a população tavirense, enviarei, amanhã, comunicações para Gabinete da Ministra da Saúde e para a DGS a questionar e solicitar esclarecimentos.

Temos consciência do quanto estas limitações nos afetarão a todos e, em especial, as repercussões que terão no setor económico e social do nosso concelho. Queremos manifestar a nossa solidariedade aos mais afetados e informar que o Município continua a trabalhar no sentido de encontrar formas de apoio aos empresários e às famílias, dentro daquelas que são as suas competências.

Não obstante o anteriormente exposto, é meu dever apelar ao estrito cumprimento daquelas que são as nossas obrigações enquanto cidadãos responsáveis, às quais se juntam, agora, as que decorrem do facto de integrarmos esta lista, nomeadamente o recolher obrigatório e o encerramento dos estabelecimentos nos horários definidos.

Conto com o vosso respeito e empenho para que consigamos travar a propagação do vírus no nosso concelho, por forma a ser-nos restituída a normalidade possível dentro deste contexto e dar-vos-ei conhecimento daquela que for a resposta do Governo às nossas exposições.

Unidos venceremos!

A Presidente da Câmara Municipal

Ana Paula Martins»

 

Ademar Dias

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