Famílias tencionam gastar 335 euros no regresso às aulas
Com o início de mais um ano letivo à porta, as famílias com estudantes a seu cargo tencionam gastar, em média, 335 euros no regresso às aulas, de acordo com o estudo Observador Cetelem Regresso às Aulas, divulgado esta terça-feira.
Este valor está em linha com o que foi gasto em 2020 (340 euros), de acordo com um comunicado.
Os dados divulgados pelo estudo mostram, contudo, que as intenções destes gastos têm vindo a reduzir-se. Em 2016 as intenções de gastos dos encarregados de educação no regresso às aulas eram de 455 euros, diminuindo para 399 euros em 2017.
"Esta tendência de diminuição das previsões de gastos verificou-se também em 2019 (363 euros) – sendo apenas interrompida em 2018 quando eram de 487 euros", pode ler-se no mesmo comunicado.
Mais detalhadamente, este ano letivo 37% tencionam gastar até 250 euros (menos 14 p.p. comparando com 2020), nomeadamente os encarregados de educação com filhos que frequentam o ensino pré-escolar e o 1.º ciclo (49% respetivamente) e que residem na região Centro (68%).
Por outro lado, 29% dos portugueses com estudantes a seu cargo têm a intenção de gastar em média entre 251 euros e 500 euros (uma subida de 7 p.p. face a 2020), especialmente os inquiridos com filhos no 3.º ciclo (38%). 6% consideram gastar entre 501 euros a 700 euros e apenas 1% dos inquiridos tencionam gastar entre 701 euros e 1.000 euros.
Além disso, "parece haver uma relação direta entre a intenção de gastos com o regresso às aulas e o nível de ensino": no ensino pré-escolar os gastos médios são cerca de 287 euros (-1% face a 20); no 1º Ciclo de 309 euros (+6%); no 2º ciclo rondam os 336 euros (+5%) e no 3º ciclo 368 euros (-8%). Aumentam a partir do ensino secundário, a custar uma média de 390 euros (+1%).
Ademar Dias