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Mais de 3 milhões de atendimentos nas urgências até julho

O número de atendimentos nos serviços de urgência do Serviço Nacional de Saúde (SNS) está já próximo dos níveis pré-pandemia. Entre janeiro de julho, aumentou 31% relativamente ao mesmo período de 2021.

Assim, há hoje mais 2.300 atendimentos todos dos dias nas urgências públicas do que a média diária de todo o ano passado, sendo que 44% das situações acabou por não demonstrar urgência, o que impulsiona a saturação desses serviços e torna difícil o atendimento de casos graves.

Nos últimos dois anos, os atendimentos em serviços de urgência tinham registado uma tendência de queda, fruto dos constrangimentos gerados pela pandemia de Covid-19. Contudo, 2022, com o alívio das restrições, trouxe de volta uma grande procura pelas urgências, sendo que nos primeiros sete meses se registaram já 3,56 milhões de atendimentos nesses serviços, comparando com os 3,69 milhões registados no mesmo período de 2019.

Em julho, a Administração Central do Sistema de Saúde emitiu uma circular com orientações para os hospitais estabelecerem com os centros de saúde acordos de referenciação de doentes não urgentes, de forma a aliviar as urgências hospitalares.

Contudo, essa medida tem falhado grandemente, fruto da falta de adesão dos doentes, visto que não se pode obrigar os doentes a serem reencaminhados para unidades de cuidados de saúde primários.

Ademar Dias

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