Metade dos portugueses confiam na capacidade da humanidade para tomar medidas que salvem planeta
As conclusões do recente estudo Observador Cetelem Consumo Sustentável 2022 revelam que, no geral, os portugueses tendem a ter uma atitude otimista no que respeita a sustentabilidade.
Metade dos inquiridos (51%) confia na capacidade humana para tomar as medidas necessárias para salvar o planeta, demonstrando os mais jovens uma atitude mais positiva do que os mais velhos. Já 38% acreditam que as novas tecnologias vão permitir evitar uma crise ambiental – sendo que os inquiridos dos 65 aos 74 anos estão mais céticos com esta ideia (22%).
31% dos portugueses inquiridos temem, no entanto, que se tenha chegado ao ponto de não retorno – sendo esta ideia mais comum entre os jovens dos 25 aos 34 anos; E 37% acreditam que, como os hábitos de consumo não mudarão, os recursos do planeta continuarão a ser destruídos.
Já 21% continuam a não acreditar nas alterações climáticas, ainda que apenas 4 p.p. concordem totalmente com esta ideia – sendo mais comum entre residentes na Área Metropolitana do Porto (34%).
Adoção de práticas sustentáveis
Conscientes da importância de minimizar o seu impacto ambiental, os portugueses têm vindo também a adotar práticas sustentáveis.
No topo das práticas mais adotadas está a reciclagem (55%), sendo uma ação realizada de forma transversal entre os inquiridos das diferentes faixas etárias. Em segundo lugar afirmam comprar apenas do essencial (50%) e em terceiro escolher produtos locais (38%). 34% dizem também fechar a torneira quando lavam os dentes e 9% aproveitar a água fria antes do banho; 33% procuram evitar o desperdício de alimentação e 29% recusam sacos quando vão às compras.
Além de 46% dos portugueses dizerem que estão dispostos a tornar as suas compras diárias mais sustentáveis, quando questionados sobre se têm e usam de forma regular algum produto diário que reduza o impacto ambiental, 76% dos consumidores portugueses respondem afirmativamente, sendo os mais comuns os sacos de pano (41%), as garrafas térmicas/reutilizáveis (31%) e os produtos de higiene sustentáveis.
Ademar Dias