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Portugal com maior recuo homólogo da UE nas horas de trabalho

Portugal registou o maior recuo homólogo (-6,3%) da taxa de horas de trabalho efetivo, mas o quarto maior aumento em cadeia (27,3%) na União Europeia (UE) no terceiro trimestre de 2020, segundo dados hoje divulgados pelo Eurostat.

De acordo com um boletim hoje divulgado sobre o mercado de trabalho na UE entre julho e setembro de 2020, todos os Estados-membros registaram uma subida do total de horas de trabalho efetivo entre o segundo e o terceiro trimestre de 2020, exceto a Suécia (-0,3%).

Os maiores aumentos foram observados na Grécia (33,4%), Itália (28,3%), Espanha (27,8%), Portugal (27,3%) e Chipre (24,5%), sendo a média da UE de 15,5%.

Na variação homóloga, contudo, só o Luxemburgo (0,8%) e a Holanda (0,2%) registaram variações positivas, com o número de horas de horas de trabalho efetivo a recuar nos restantes 25 Estados-membros, com Portugal a apresentar a maior quebra (-6,3%), seguido pela Espanha (-5,6%) e a Irlanda (-5,2%), sendo a média da UE de -2,4%).

Segundo o gabinete estatístico da UE, o terceiro trimestre de 2020 foi marcado por uma ligeira recuperação da taxa de emprego, com a flexibilização das medidas de confinamento adotadas devido à pandemia da covid-19.

Na média da UE, a taxa de emprego foi de 72,4% da população, face à de 72,1% do trimestre anterior e de 73,1% do homólogo.

Por seu lado, o desemprego entre julho e setembro de 2020 foi de 7,3% da população ativa, acima do homólogo (6,4%) e do registado no segundo trimestre (6,7%).

 

Ademar Dias

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