Seca: cortes de 70% da água para a agricultura é dia negro para o Algarve
Sociais democratas algarvios acusam governo de inação face ao problema da seca no Algarve.
Aqui fica o comunicado, na íntegra:
«O Algarve vai fechar a torneira para enfrentar a seca. Estão previstos cortes de água de 70% na agricultura e 15% em cada um dos municípios. As barragens algarvias têm atualmente água para mais seis ou oito meses. No final do mês, será conhecido em detalhe o plano de contingência para a região.
Segundo Cristóvão Norte, Presidente do PSD Algarve, “estes cortes são o resultado devastador da inacção do governo PS ao longo de 8 anos. Não há novas barragens, bacias de retenção, transvaze do Pomarão, exigência de reparação das brutais perdas do sistema, dessalinizadora. Em 8 anos fez-se muitíssimo pouco e quem vai pagar por isso são as atividades económicas e as pessoas. E o preço vai ser muito alto. Agora, o que há a fazer é indemnizar quem vai ficar a ver as culturas a secar, sem capacidade e meios para produzir, mas isso não resolve o problema. Vão morrer árvores e culturas, vão falir explorações e perder empregos. É uma situação desesperante. É vital um plano de emergência para salvar as actividades afetadas.”
Segundo Cristóvão Norte, “ é imperioso que se trace um plano de desenvolvimento regional que equilibre as necessidades de água e as disponibilidades. Nada disso foi feito. Temos que ter uma região com um perfil económico adequado às suas disponibilidades hídricas.”
O mesmo responsável afirma que “ é importante que todos tentemos poupar água, é um serviço que fazemos a nós próprios e à região, mas também é importante que nos lembremos o que conduziu a este dia triste. A inação do Governo PS.”
O PSD Algarve relembra que Luís Montenegro já se comprometeu com o avanço da Barragem da Foupana e transmite aos algarvios que a água, a par da saúde, habitação e diversificação da economia serão as traves mestras do programa regional que será submetido à apreciação dos algarvios.
O Algarve não pode continuar a viver num desprezo político onde nada de objetivo acontece, sobressaindo o marasmo e a inércia do governo PS renegando o desenvolvimento, a sustentabilidade e a competitividade da região.»
Ademar Dias